No Distrito Federal, a cada 100 mil habitantes, 21 são doutores. O número pode ser comparado ao cenário dos Estados Unidos, que registra 21,9 doutores para cada 100 mil habitantes.
Os dados são do estudo “Brasil: Mestres e Doutores 2024”, produzido pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).A pesquisa foi divulgada hoje (4), em Brasília.
No Brasil, a média é de 10,2 doutores para cada 100 mil habitantes. Mesmo que outros estados tenham um número absoluto maior de mestres e doutores do que o DF, há fatores que aumentam as titulações na capital federal, de acordo com o estudo: Densidade populacional menor; média salarial maior e grande volume de pessoas altamente qualificadas atuando em todas as esferas governamentais na capital.
Veja a quantidade de mestres e doutores empregados no DF: mestres empregados: 25.303 e doutores empregados: 8.536.
No DF, são 4.436 doutoras e 15.627 mestres mulheres. Homens são 4.110 doutores e 14.672 mestres. Mesmo sendo a maioria no DF, a média salarial para mulheres é menor do que a dos homens com o mesmo nível de pós-graduação.
“Há uma diferença entre os salários de homens e mulheres de R$ 5.500 no caso dos mestres e R$ 3.300 no caso de doutores”, explica a coordenadora do estudo, Sofia Daher.
- Doutores: mulheres ganham em média R$ 17 mil e homens R$ 20,3 mil
- Mestres: mulheres ganham em média R$ 14,5 mil e homens R$ 20 mil
“Das 81 áreas do conhecimento, as mulheres ganham menos em 79 em todas as regiões do Brasil. Só ganham mais em Turismo e Museologia. Mesmo nas áreas em que há uma proporção maior de mulheres sendo tituladas, como Ciências Humanas, elas continuam ganhando menos”, diz Sofia Daher.
Fonte: g1 – Fernanda Bastos