Está evoluindo num nível assustador um problema chamado “cachorro”.
Fui comprar uma massa no Centro Comercial Gilberto Salomão, em Brasília. De repente, se não estivesse em ótima forma física, graças a dois meses de Pilates, teria me esborrachado.
Um casal bonitinho e imbecil ficou conversando entre os móveis da lanchonete, com um cachorro pequeno preso em longa corda. Para não pisar no bicho, me enrolei na corda e caí com os dois braços numa mesa.
Claro que xinguei – e eles saíram com cara zangada.
Aos sábados, na Ceasa, surgiu de repente a moda do cão. Diversas pessoas arrastam cachorros nas passagens, entre as bancas de verdura, obrigando a gente a se desviar. Nunca se sabe se o cão, mesmo pequeno, morde ou não.
O Parque da Cidade de Brasília, domingo de manhã, virou um parque-pet. Bichos de todos os tamanhos, muitos deles soltos, incomodam quase todo mundo.
Mas parece que ficou politicamente incorreto falar mal de cachorro. E a gente vai perdendo espaço.
Daqui a pouco haverá locais com uma placa: EXCLUSIVO PARA HUMANOS.
Livre que sou, lembro: cachorro é cão! (RENATO RIELLA)