Escrevo bobagens. Quem quiser que prefira ler os intelectuais.
O certo é que, saindo do BB no Núcleo Bandeirante, encontrei na rua enorme banca de frutas.
Peguei uma tigela com dez maças (dez reais) e tentei pagar. Vi que o vendedor estava discutindo com um rapaz de 14 anos.
-Poxa, cara, por que você não pode me vender uma maçã?
-Não adianta. O dono da banca não deixa vender avulso.
Estendi minha cesta de maças para o quase menino e disse: “Tire uma!” Vacilou!
Disse mais forte: “Porra, cara, tire logo uma e acabe esta discussão!”
Dito e feito. Aí o jovem se encheu de orgulho e perguntou: “Quanto lhe devo?”
Minha resposta: “Ainda não entrei no ramo de vendedor de maçã, não!”
De repente, estávamos os três na maior gargalhada.
Fui embora feliz. Saí de lá com nove maçãs e uma história muito boba para contar, usando meu pobre vocabulário de 300 palavras e 20 palavrões.
(RENATO RIELLA)