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mar 14 2018

A TRISTE PERDA DE BEBETO DE FREITAS

JOSÉ CRUZ

Há seis anos, conversei com Bebeto de Freitas por dez horas. Começou num café da manhã num hotel do Rio, continuou num almoço em Ipanema e terminou num jantar. Que aula sobre o esporte brasileiro, sua gestão e corrupção. Que aula! Escrevi sobre esse encontro no UOL Esporte.

A partir de então, conversávamos nas suas vindas a Brasília, algumas vezes na companhia de Lindberg, secretário da Comissão de Esporte da Câmara, do mestre Luiz Lima, que foi secretário executivo do Ministério do Esporte, e sua assessora Georgiana.

Há dois anos, Georgiana me convidou para a empreitada honrosa de escrever um livro sobre Bebeto, projeto que ela liderou. Eu estava envolvido com o livro da CPI do Futebol, no Senado, e indiquei dois craques do jornalismo olímpico, os amigos João Pedro Nunes e Denise Mirás, que estiveram com ele, por anos, na cobertura do vôlei.

Bebeto tinha no sangue a indignação contra a corrupção no esporte, herança do tio, João Saldanha. Por isso, foi perseguido por Carlos Nuzman, o covarde, medroso das denúncias de corrupção no COB que Bebeto fez, sem nunca ter sido contestado pelo cartola.

A recente prisão de Nuzman, por corrupção, é o ponto de partida das verdades denunciadas por Bebeto.

Triste. Desgraçadamente triste essa perda. Só nos resta honrar os ensinamentos e as lições de dignidade desse guerreiro pelo esporte limpo.

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