Temos nos preocupado com cortes orçamentários, impeachment, prisões de poderosos, etc. Mas há um assunto gravíssimo no ar.
Trata-se da Zika, esta doença derivada do mosquito da dengue, que gera recém-nascidos com microcefalia.
Por enquanto, há centenas de casos em Pernambuco, mas rapidamente o mal se espalha e breve estará ocorrendo em todo o Brasil. É fatal! Já é previsível a expansão e o Estado brasileiro está agindo lentamente.
Na verdade, não sabemos como controlar a expansão do mosquito e, consequentemente, das doenças que espalha.
O fato gravíssimo não é a doença. Grave mesmo é ver que, em 2016, as brasileiras precisarão evitar a gravidez. Provavelmente o novo ano entrará na história como aquele em que a taxa de natalidade cairá absurdamente, de forma assustadora.
Dentro de algumas semanas, médicos diversos, principalmente os infectologistas, começarão a fazer essa abordagem de terror verdadeiro. “Evite engravidar”.
No Brasil, não dá mais nem para nascer. Pense nisso. Não é exagero da minha parte.
Numa pincelada leiga, a Zika atinge as pessoas como se fosse a dengue. No caso das grávidas, se ficarem doentes nos três primeiros meses do feto, poderão ter filhotes com graves problemas no cérebro, gerando morte prematura ou deficiência ao longo da vida.
Uma grande campanha de esclarecimento precisa ser feita, não por mim, que não entendo nada (sou mero jornalista), mas por especialistas.
A grande pergunta é: qual orientação sincera e justa se deve dar às futuras mamães?
Na situação de hoje, com o desgoverno denunciado pelo ministro Marco Aurélio (STF), a orientação é: adie a gravidez até prova em contrário.
É claro que, pelo que parece, a doença ainda não chegou a Brasília e a outros estados. Mas é insegurável. Aos poucos, diversas áreas do Brasil serão atingidas. Um esclarecimento profundo precisa ocorrer.
Portanto, o Brasil não é só impeachment nem Lava-Jato… O Brasil é mais embaixo. (RENATO RIELLA)