A resistência aos antibióticos é uma ameaça emergente à saúde pública. É preciso um esforço global para reduzir riscos, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
O uso excessivo e incorreto, bem como de outros antimicrobianos, provoca maior resistência dos agentes que causam infecções e doenças que os medicamentos deveriam diminuir. O mau uso desse tipo de remédio ameaça reverter um século de progressos na saúde humana e animal.
A FAO elogia o interesse europeu na causa e a Holanda, por ter baixado em quase 60% a quantidade de medicamentos usados na pecuária nos últimos anos. Mas o verdadeiro desafio é traduzir os esforços atuais para os países necessitados e com poucos recursos.
A resistência aos antibióticos é mais alta em nações onde as leis, a vigilância, a prevenção e o controle são fracos ou inadequados.
O fenômeno dá-se quando micro-organismos como bactérias, fungos e parasitas, tendem a adaptar-se às drogas destinadas a eliminá-los.
Além de serem usados em humanos, esses agentes são empregados em outras espécies animais.
A FAO destacou ainda a necessidade de aumentar a produção de alimentos para uma população global em expansão, que deverá chegar a 10 mil milhões até 2050.