RENATO RIELLA
Pesquisa de opinião espontânea (sem apresentação de nomes de candidatos) mostra que mais de 80% dos eleitores do DF ainda não têm ideia de quem poderá ser o governador. O povo ainda está ligado na própria vida, na Copa, na busca de emprego, na inflação, etc.
De qualquer modo, algumas coisas começam a se definir. Mas decisão mesmo só ocorrerá no final de junho, quando os partidos encaminharão o registro dos candidatos à Justiça Eleitoral. Até então, todos são pré-candidatos, sujeitos a chuvas e furacões.
Em pré-decisão, o PT acaba de informar que o candidato a governador será mesmo Agnelo Queiroz, em busca da reeleição.
Está aprovada a coligação do PT com o PMDB, garantindo Tadeu Filippelli como candidato a vice-governador (situação ainda cercada de dúvidas).
O mais difícil, para o PT, foi mesmo votar quem será o candidato ao Senado. No final, Geraldo Magela foi o escolhido, superando Chico Leite.
Nesse caso, há gente como o deputado Chico Vigilante, que defende a entrega da vaga de senador a um partido aliado, o que deixaria Magela como candidato a deputado federal.
E LÁ VEM O ROLLEMBERG COM O REGUFFE
No PSB, foi confirmado que o senador Rodrigo Rollemberg será candidato a governador. Se ele perder a eleição, terá pela frente, ainda, quatro anos como senador. Portanto, não perde nada.
Rollemberg tem esperança de crescer nas próximas pesquisas, unindo seu nome ao candidato do partido a presidente, Eduardo Campos.
Outro trunfo do PSB é a aproximação com o PDT-DF, com a intenção reafirmada de lançar o deputado federal Reguffe como candidato ao Senado.
Rollemberg e Reguffe querem formar uma chapa ética, contrastando com as demais, que vivem comprometidas com situações confusas, processos na Justiça e crises na imprensa.
Resta saber quem será o candidato a vice na chapa PSB-PDT.
Da minha parte, não confio plenamente na viabilidade dessa candidatura de Reguffe a governador. O ex-presidente Lula fará todas as pressões possíveis sobre o presidente nacional do PDT, o famigerado Carlos Lupi, para que impeça essa candidatura.
Lula não admite que, no caso da vitória da presidente Dilma Rousseff, ela tenha um opositor do porte de Reguffe no Senado.
Todo mundo deve ficar de olho nessa advertência.
De qualquer modo, cartas estão sendo colocadas na mesa, mas o jogo está muito longe de começar. Como dizia Didi, treino é treino e jogo é jogo.
