RODOLFO AMSTALDEN (Da Consultoria EMPIRICUS)
Pelo que é privado
Renan Calheiros flerta com a sabotagem do ajuste fiscal.
Ironicamente, aquele mesmo Renan que argumentava por ajuste no Governo Dilma.
Não sou analista político, não estou aqui para avaliar os motivos de Renan.
Mas sei que aquela velha roupa colorida do ajuste fiscal está agora preto no branco.
Quem apoia o ajuste apoia também o crescimento privado do país.
Quem reprova está a favor do crescimento público e/ou próprio.
Próprio e privado são adjetivos bem diferentes.
LRE não é PEC
A Lei de Responsabilidade das Estatais deixou de ser uma lei de responsabilidade das estatais.
Você viu? Todas as medidas da proposta foram pioradas na Câmara.
Isso é fruto de um Congresso viciado no apadrinhamento e no loteamento de cargos.
Não podemos correr o mesmo risco com a PEC do teto de gastos, que é pai e mãe de tudo isso.
Começando pelo teto
Apresentada a PEC do teto de gastos, “especialistas” citam inúmeras dificuldades em fechar a proposta.
É óbvio que seria difícil – em dificuldade proporcional ao benefício almejado.
Com essa PEC, limitaremos – pela primeira vez – o crescimento do gasto público.
Se Temer aprovar o teto, já terá valido a pena, por dez, vinte ou cem anos.
E terá tornado, também, a reforma previdenciária bem mais crível.
Parintins
De reforma em reforma, traremos investimentos de volta ao Brasil.
Os gringos querem, pode ter certeza.
Não há gringo que se contente com o rendimento negativo de títulos alemães de dez anos.
Especialmente com nossas NTN-Bs pagando mais de 6%.
Só que eles – os estrangeiros – ainda estão receosos com o Kit Brasil para novos projetos de infraestrutura.
Melhor tentar primeiro com o garantido, e depois com o caprichoso.
