RENATO RIELLA
Em diferentes locais, pessoas comuns me param para perguntar o que acontecerá com o Brasil e com Brasília. Desconverso um pouco, mas sempre dou respeitosa atenção a todos.
Hoje de manhã, resolvi responder, escrevendo. Anotem!
É claro que Eduardo Cunha cai da presidência da Câmara Federal a qualquer momento.
Em momentos anteriores, já vimos este filme. Chegará o instante em que os políticos buscarão um deputado mais velho, experiente, para salvar a Casa. Estão todos prejudicados pelo apodrecimento do tal Cunha.
Participei de uma história semelhante no início deste século. O Senado tinha apodrecido, depois das crises de ACM, Arruda, Jader, etc.
Ramez Tebet estava como ministro da Integração e foi chamado de volta ao Senado, para assumir a Presidência da Casa. Tive a honra de ser diretor contratado por ele e vi como um processo de dignidade arruma o caos em dois anos. Depois de Tebet, vieram Sarney e Renan, que infelizmente retomaram situações vergonhosas anteriores.
Quando Eduardo Cunha sair de cena, nos próximos dias, aí sim, o Brasil passará a discutir a traumática situação da presidente Dilma Rousseff.
Meu palpite é que, numa Câmara reorganizada, ela não resiste até o fim do ano. Depois dela, provavelmente o Brasil vai esquecer a crise, trabalhando muito para se reconstruir. Hoje, não dá…
Portanto, o começo de tudo é o afastamento de Eduardo Cunha. Rezemos para que ocorra logo, logo, logo, logo, logo, logo…
E NO DISTRITO FEDERAL?
Quanto a Brasília, acho que Rodrigo Rollemberg arrasta este avião no piloto automático até 2018, sob grandes turbulências.
Teremos quatro anos de graves dificuldades no DF, rezando para que a nave consiga pousar em algum aeroporto seguro no ano de 2019.
No fim, tanto no plano federal como no local, quase todos se salvam neste filme de tragédia.