O PR é um partido complicado e, pela segunda vez, estará sendo administrado da cadeia por um presidente.
O de agora é Antonio Carlos Rodrigues, ex-ministro dos Transportes, que ficou foragido e se entregou à Polícia Federal em Brasília nesta terça-feira (28).
O anterior, Valdemar Costa Neto, andou comandando o partido diretamente da penitenciária da Papuda, depois de condenado por crime no Mensalão do PT.
Antônio Carlos teve a prisão decretada pela Justiça de Campos dos Goytacazes (RJ). Ele é suspeito de ter cometido os crimes de corrupção, extorsão, participação em organização criminosa e falsidade ideológica.
Os crimes são apurados na mesma investigação de Garotinho e Rosinha Garotinho, ambos do PR.
O G1 buscava contato com a defesa de Antonio Carlos Rodrigues até a última atualização desta reportagem.
O Ministério Público do Rio de Janeiro diz que o ex-ministro dos Transportes negociou com Anthony Garotinho e com o frigorífico JBS a doação de dinheiro oriundo de propina para a campanha do ex-governador em 2014.
O inquérito que embasa a denúncia partiu da delação dos irmãos Wesley e Joesley Batista e do executivo do grupo J&F Ricardo Saud.
Conforme a PF, foram identificados elementos que apontam que a JBS firmou contrato fraudulento com uma empresa sediada em Macaé para a prestação de serviços na área de informática.
A suspeita é a de que os serviços não foram prestados e o contrato, de aproximadamente R$ 3 milhões, serviria para o repasse irregular de valores para a utilização nas campanhas eleitorais.