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fev 08 2016

APESAR DE TUDO, TUDO, TUDO… O BRASILEIRO NÃO ABRIU MÃO DO CARNAVAL

11_mhg_pais_charles-pinahOs estrangeiros não podem acreditar que o Brasil é um país quebrado, ao ver tanto luxo no Carnaval.

As escolas de samba são mesmo o maior espetáculo da Terra, apesar da Zika, da quebradeira da economia e da nossa revolta com a corrupção.

O brasileiro provou neste ano que não abre mão do seu direito de se divertir. Muita gente viajou, muita gente lotou as avenidas das principais cidades e muita gente demonstrou grande criatividade nos desfiles – além do luxo que assusta os estrangeiros.

O momento mais interessante das escolas de samba veio de São Paulo (incrível isso!), com a Acadêmicos de Tatuapé, que homenageou a carioca Beija-Flor de Nilópolis.

O destaque foi a homenagem à famosa passista Pinah. Envelhecida, mas inteirona, ela apareceu numa ala cercada de clones do Príncipe Charles, aquele que Pinah tirou para dançar numa visita ao Rio, muitas décadas atrás, quebrando o protocolo real (a foto mostra o encontro histórico de Pinah com Charles).

No Rio, a Mocidade Independente de Padre Miguel mostrou que é independente mesmo. Sua Comissão de Frente teve como destaque diversas figuras vestidas como bandidos do “colarinho branco” – sem cabeça.

Verdadeiros monstros, que representaram a revolta dos brasileiros contra os corruptos. Foi um momento de muita criatividade, apropriado para a realidade brasileira.

Escolas de samba ainda merecem quatro dias de intensa cobertura da Globo e levam milhares de pessoas para as arquibancadas, mas o Carnaval brasileiro está se descentralizando, migrando para blocos que atraem as populações das maiores cidades.

Em São Paulo, surpreendeu que, este ano, muita gente ficou na cidade, comemorando Carnaval em blocos.

No Rio, ninguém consegue dizer quantos blocos saíram. Foram centenas deles, ocupando todos os bairros.

Na Bahia, nem se fala. A terra do trio elétrico continuou animada, assim como Recife e outras cidades.

E, em Brasília, o governo do DF abandonou as escolas de samba. Sendo assim, cresceram muito os blocos, que mostraram a animação da cidade.

O brasileiro mostrou ao mundo que está vivo e que ainda é um povo alegre. (RENATO RIELLA)

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