MIRIAN DUTRA
Quando estava no colégio, primeiro ano, na ditadura , todo o Brasil falava da Amazônia .
Adolescente , por acaso fui viver em Porto Velho. Durante os dois anos que vivi ali , a briga era com os índios.
Guerra é um exagero. Podemos falar de fricções. A floresta e o mundo estavam em paz.
Mas lembro muito bem do sonho: a Transamazônica. Levaria madeira a todos os lugares do país em muito menos tempo. Além de criar empregos para muitas pessoas numa estrada com mais de mil quilômetros.
Sonho dourado. Hoje , 50 anos depois, a Transamazônica ficou para trás. O projeto é quem tira mais madeira e queima menos .
Há anos leio sobre queimadas, incêndios e desastres. A Amazônia na poderia ficar de fora.
Enquanto eu me formava em Jornalismo e começava a exercer a profissão, me dei conta dos interesses estrangeiros ali.
Perdão, amigos, não dá para culpar ninguém.
Pode ser que o governo brasileiro não tenha protegido seu tesouro.
Por isso, estão França , Alemanha, Noruega e EUA, brigando agora e apontando o dedo: quem é o culpado?
O pulmão do mundo…fumaram muito e agora está com câncer.
Mas câncer tem cura.
O que não se cura é a cara de pau dos dirigentes.
Desastres naturais estão aí todos os dias!!
Salvar Amazônia significa salvar o mundo dos plásticos, das usinas nucleares e a péssima civilidade de homens e políticos.
