JOÃO CARLOS FEICHAS MARTINS
Essa dramatização do julgamento do ex-presidente Lula, uma evidente tentativa de transformar o petista em vítima e capitalizar o fato politicamente a seu favor, revela a precariedade da legislação eleitoral brasileira.
Com apoio de artistas de renome, Lula está em plena campanha, como se fosse um candidato ficha – limpa.Seus movimentos ecoam nos países vizinhos bolivarianos como esperança de socialização da América Latina conforme preconiza o Fórum de São Paulo.
O que acha a Igreja Católica da atual situação do líder petista? O que pensam os petistas gaúchos que se desgarraram do Lulopetismo? E o incitamento â violência feito pela senadora Gleise Hoffman ao arrepio das leis?
Acreditar que haverá polarização entre Lula e Bolsonaro para viabilização de uma candidato do centro significaria ignorar todo o trabalho da Lava Jato.
A renovação do Congresso dificilmente vai superar 40%.As empreiteiras continuam fortes na política e nas administrações estaduais e municipais.
PMDB deve continuar como partido -tronco e o espectro partidário sofrerá poucas mudanças, apesar das alterações no sistema de financiamento das campanhas e nas coligações partidárias.
A corrupção deixa a sociedade perplexa, mas tolerante com os criminosos de colarinho -branco, diante da leniência de importantes segmentos do Judiciário.
O cenário para as eleições presidenciais será moldado pelos indicadores econômicos deste ano e pelo destino da reforma da previdência.