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set 30 2018

Artigo: FLEMING

FRANCISCO SEIXAS DA COSTA

Acabo de ler que foi precisamente há 90 anos que Alexander Fleming descobriu a penicilina, invenção que revolucionou a medicina.

Em criança, ouvi várias vezes o meu pai dizer que eu devia a minha vida a Fleming. Com poucos meses, em Vila Real, aí por 1949, terei tido uma pneumonia que quase me levou desta para melhor.

Terá sido a penicilina, então não muito comum em Portugal, trazida do Porto “em ampolas” pela mão de um recoveiro (quem não souber o que é, pode ir ao dicionário), que me salvou.

Por isso, o meu pai manifestou sempre o desejo de vir, um dia, a pôr um ramo de flores na sua campa.

Quando nos anos 90 vivi em Londres, fui com os meus pais visitar a Catedral de S. Paulo. Para nossa imensa surpresa, deparámos, dentro da igreja, com o túmulo de Alexander Fleming.

Recordo que houve alguma emoção nesse instante, embora, infelizmente, não tivéssemos à mão as flores devidas para o homenagear.

Mas nunca esqueci o que, como muitos milhões de pessoas, fiquei a dever a Alexander Fleming.

Francisco Seixas, ex-embaixador de Portugal no Brasil, mora em Lisboa

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