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ago 10 2015

ARTIGO: O QUE MAIS VIRÁ POR AÍ?

 

CARLOS PRADO (Do site Portugal digital)

O pântano político, pútrido, ameaça o país. Cada dia que passa,  cada novo episódio, é mais uma acha para a crise que se instalou e que parece não ter fim à vista.

As intrigas palacianas repetem-se; o cidadão comum trata o governo e a presidente da República com o mais baixo calão. São expressões de rejeição perante o descalabro, a mentira, a arrogância e o despudor dos detentores do poder.

O partido, o PT, que, há duas décadas, acalentava as esperanças de justiça social de muitos milhões de brasileiros, foi transformado numa organização suspeita de promover e organizar esquemas bilionários de corrupção.

Os seus aliados, se é que ainda o são, continuam, em geral, fiéis ao que sempre foram, ou seja, balcões de negociatas, de troca-troca de favores, ao serviço de lobistas.

A presidente repete frases feitas, slogans, promessas irrealizáveis. A percepção que tenho é a de que se lançou numa patética fuga em frente. Não está sozinha. Quem está com ela sabe, calcula, que dificilmente poderá garantir a sobrevivência política.

A crise econômica agrava-se dia após dia, enquanto se sucedem as promessas de riquezas e de bem-estar já no próximo ano; bem, talvez em 2017, dizem os menos despudorados.

As pesquisas de opinião refletem o mal estar que se estende de Norte a Sul e o profundo divórcio entre o Palácio do Planalto e a nação.

Sondagem do instituto DataFolha publicada na última semana mostra que a popularidade de Dilma Rousseff está reduzida a 8% dos inquiridos, apenas seis meses depois de ter iniciado o segundo mandato, numa vitória que, convenhamos, se baseou numa campanha marcada pela intoxicação dos eleitores com premissas falsas, manipulação de dados e promessas enganadoras.

Os atos do Partido dos Trabalhadores (PT), cuja identidade progressista foi irremediavelmente hipotecada pelos desmandos políticos e pelos escândalos de corrupção que abalam o país, comprometeram a realização dos mais justos anseios de combate às desigualdades e de justiça social,  tradicionalmente defendidos pelos partidos e movimentos de esquerda.

As forças conservadoras rejubilam. Os aventureirismos germinam.

A turbulência política no Brasil promete continuar e crescer na mesma velocidade com que se desgasta a imagem de Dilma Rousseff. A crise econômica também.

O gigante estremece. O povo brasileiro já sofre um chamado ajuste fiscal de objetivos e contornos pouco claros.  O desemprego dispara. Nas ruas, o descontentamento fervilha. O que mais virá por aí?

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