WILON WANDER LOPES
Até que enfim parece que o governo do nosso caro e admirável amigo Rodrigo Rollemberg vai começar, depois da saída do competente, mas centralizador, Hélio Doyle (vide lançamento do Plano de Obras).
Infelizmente, porém, parece que Rollemberg está indo na onda de maus assessores e péssimos auxiliares, que o estão jogando em algumas selvas, como é o caso da implantação de mão-única nas principais avenidas de Taguatinga, transformando-as em rodovias.
Talvez os áulicos não saibam (ou não tenham informado a ele) que os problemas de trânsito de Taguatinga, como os problemas de polícia, de saúde, de estresse urbano que tomam Taguatinga, enfim, são causados pelas pessoas e carros de fora.
Põe erro do governo: as avenidas Central (aquela do tal túnel que nunca sai…) e Hélio Prates já foram transformadas em rodovias, o que também aconteceu com o Pistão Sul.
Como divulga a Codeplan, Taguatinga tem 215 mil habitantes, mas é usada, todos os dias, por mais de um milhão – gente que não tem, em suas cidades, os equipamentos públicos e privados que Taguatinga tem.
Taguatinga não está gostando de que mexam em suas principais avenidas sem ouvir o seu povo. E quanto Taguatinga não gosta, o estrago político é feio, já que ali moram e trabalham importantes formadores de opinião.
Nosso caro e admirável amigo Rollemberg, em cujo governo tenho muita esperança, não devia entrar em bola dividida, ao menos nesta tomada das rédeas do governo que ele lidera.
Jovem governador, mas velho político, Rollemberg deveria ter em mente a regra básica da negociação, que é a mãe da política: primeiro tratar de assuntos que têm consenso e que são prioritários; os outros, depois.
Desagradar a metrópole de um milhão e meio de habitantes, Capital Econômica do DF e futura capital administrativa do GDF, não é uma boa.
Porque seus assessores não amarraram direito a sela ou escolheram mal a montaria, tomara que Rollemberg, ao pegar nas rédeas, não caia do cavalo…
