«

»

mar 31 2018

ARTIGO: Raquel Dodge

rTIBÉRIO CANUTO QUEIROZ PORTELA

Quando Temer escolheu Raquel Dodge como Procuradora Geral da República, nuvens de dúvidas pairaram sobre o país.

Havia a desconfiança de que a escolha da nova Procuradora faria parte de um esquema mais amplo, para blindar “o mecanismo” e ajudar a enterrar a Lava Jato.

O estilo discreto de Dodge – diria não midiático – reforçou essa percepção.

Acostumados que estavam com o jeito belicoso de Janot, muitos fizeram uma leitura equivocada da sua linha mais técnica.

Até o fato de ser mais exigente na aceitação de delaçôes – requerendo que não se limitassem apenas à palavra do delator – também foi motivo para essa interpretação equivocada.

Pode até ser que, em seus cálculos, Michel Temer a nomeou na expectativa de “contrapartidas” por parte da Procuradora Geral.

Se essa era a intenção, Michel Temer caiu do cavalo.

O comportamento de Raquel Dodge nestes meses desautorizou tanto as expectativas do presidente, quanto os receios que se tinha em relação ã sua disposição de levar adiante o processo de passar o país a limpo.

Sim, Raquel Dodgge é mais sóbria do que Janot. Mas isto não é um defeito. É uma virtude.

Se por acaso encaminhar uma nova denúncia contra Michel Temer será porque encontrou elementos robustos que darão sustentação técnica ao seu pedido.

Para os brasileiros que não a conheciam, Raquel Dodge foi uma grata surpresa.

Bom para o Brasil.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode usar estas tags e atributos HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*