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mar 22 2018

ARTIGO: TEATRO JUDICIAL

RUY FABIANO

Só para relembrar: Carmem Lúcia marcou na véspera (quarta) a sessão de hoje (quinta), do STF, para julgar o habeas corpus de Lula, sob o argumento de urgência e relevância do tema.

Todos concordaram, inclusive a opinião pública.

Mas, ao admitir a interrupção da sessão, por um motivo fútil (Marco Aurélio precisava viajar e Lewandowski estava cansado), e marcar sua continuação para daqui a duas semanas, acabaram a urgência, a relevância – e a sintonia circunstancial (quase acidental) com o público.

Por que não amanhã? Há alguma coisa mais relevante para um ministro da Suprema Corte que sua missão de julgar (regiamente remunerada pelo público)?

Marco Aurélio, no entanto, tinha um compromisso no Rio, no dia seguinte, para receber uma homenagem (??!!).

Carmem Lúcia não deu sinais de que esteve sob pressão: muito à vontade e sorridente com seus pares – e claramente a favor do resultado vitorioso. Rosa Weber, a independente, idem.

Lula não poderá ser preso agora – e talvez jamais o seja.

O STF é um teatro, em que até a divergência é combinada. Só não o é com a plateia.

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