Volta à tona o debate sobre responsabilidade penal de menores, quando se fica sabendo, em pleno domingo, que um rapaz de apenas 14 anos é o assassino de Arlon Fernando da Silva.
O doutorando em Física da UnB (foto) foi morto a facadas ao lado da Câmara Legislativa, na última quinta-feira, à noite, num crime que comoveu e assustou Brasília.
O assassino contou que Arlon teria reagido para não entregar a bicicleta com a qual se deslocava diariamente a partir do Sudoeste, onde morava.
Os investigadores da Polícia Civil do DF acreditam que o assassino não agiu sozinho e pode estar protegendo a identidade de um adulto. As investigações ainda estão em curso. É muito comum esses menores bandidos fazerem isso, protegendo criminosos que têm mais de 18 anos, pois sabem que, pela lei atual, praticamente ficam impunes.
O menor foi capturado no Setor O, em Ceilândia. Ele era monitorado desde a noite da última sexta-feira (8/12).
Policiais da 5ª Delegacia de Polícia (Área Central) trabalharam com o apoio de agentes da 24ª DP, localizada na mesma região onde a apreensão ocorreu.
Agora, tentam localizar a bicicleta roubada de Arlon. Segundo o site Metrópoles, existe a suspeita de que o menor teria tentado vendê-la pela internet.
Os primeiros a serem ouvidos pelos investigadores da 24ª foram os pais do suspeito. No entanto, os relatos não foram suficientes para a apreensão.
Ao depor, o rapaz assassino afirmou ter agido sozinho. Alegou, ainda, que matou Arlon porque ele reagiu ao assalto. A versão é contestada pela polícia.
O adolescente já tinha outras passagens e era conhecido por roubar ou furtar bicicletas. Ele será encaminhado à Delegacia da Criança e do Adolescente I (DCA I), no Plano Piloto, por causa do local do crime, mas breve estará nas ruas para praticar outros crimes.