O grande assunto hoje no Brasil é a sessão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro que, quando realizada, quase certamente vai tirar da prisão três deputados bandidos, inclusive o presidente da Casa, Jorge Picciani, o chefe da máfia.
Picciani, Paulo Melo e Edson Albertossi (todos do PMDB) passaram a noite na mesma prisão onde está preso o ex-governador Sérgio Cabral.
A Assembleia tem 70 deputados, contando-se os suplentes que assumem em substituição aos três presos.
Se 36 votarem a favor dos “colegas”, eles estarão soltos e protegidos, como aconteceu recentemente com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi também protegido pelos colegas.
O Ministério Público afirma que eles até podem ser soltos, mas estarão impedidos de reassumir os mandatos, conforme a decisão da Justiça Federal.
A sessão deve acontecer na tarde de hoje e pode resultar em grande conflito popular, pois a população está sendo chamada para cercar a Assembleia nesse horário.
Esses três deputados presos e muitos outros, em conluio com o então governador Sérgio Cabral (e muitos outros), manipularam bilhões de reais que levaram o Rio ao estado de falência atual.
Uma das principais denúncias contra eles refere-se ao setor de transporte coletivo, nas últimas décadas, sempre administrado de forma desonesta.
Como será a votação
Segundo o site G1, o processo de hoje será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Alerj, que se reúne às 13h para dar um parecer sobre a medida. A reunião da CCJ será presidida pelo deputado Chiquinho da Mangueira, uma vez que o titular, Edson Albertassi, é um dos presos na operação.
Em seguida, às 15h, o parecer da CCJ será transformado em projeto de resolução e submetido ao plenário. Para ser aprovado, o projeto precisa obter a maioria absoluta das cadeiras da Alerj, ou seja, 36 votos.