A avaliação positiva do Governo Rollemberg cresceu 120% do fim de outubro para o fim de dezembro de 2015.
Acreditem! Isso aconteceu de verdade! E não era impossível, pois a avaliação anterior era trágica, ridícula, monstruosamente ruim.
Em compensação, a avaliação negativa dele em dezembro ainda estava em 53,9% – o que representa reprovação pela maior parte da população. Isto é: melhorou a avaliação positiva, mas ainda continua bem ruinzinho.
Rollemberg tinha avaliação positiva (Bom e Ótimo) de 7% ao final de outubro.
Ao final de dezembro, mais do que dobrou o Bom-Ótimo, chegando a 15,4%.
O seu índice de rejeição em outubro (Ruim e Péssimo) era de 63,5%. E em dezembro caiu para 53,9%, mostrando que mais da metade dos eleitores ainda não aprovam o seu trabalho. Mas melhorou também neste comparativo.
A recuperação percentual de 120% pode parecer irreal, mas em dezembro o Governo Rollemberg entrou numa espécie de “piloto automático”, depois de sofrer turbulências durante onze meses.
Acabaram as greves, com a aproximação do fim de ano, e o governo anunciou que pagaria salários e o 13º dos servidores. E ele parou de botar a culpa de tudo no governador anterior, o famigerado Agnelo Queiroz.
De certa forma, o governo conseguiu fechar o ano sem colapso grave nos principais serviços e até a manutenção do asfalto na chuva tornou-se razoável.
Na verdade, falta pouco para Rollemberg poder dizer que é reprovado por menos da metade da população. Basta reduzir o Ruim-Péssimo em cerca de 4 pontos percentuais.
Todos esses números que estou apresentando foram levantados em duas pesquisas feitas com 1.200 pessoas, nos meses de outubro e dezembro, pelo Instituto Dados Opinião, para o site Metrópoles.
Não dá para dizer hoje que a recuperação da avaliação de Rollemberg é sustentável. Isso é, torna-se preciso a realização de uma terceira pesquisa, neste início de 2016, para ver se o Bom-Ótimo dele continua melhorando.
Há no meio das faixas sociais pesquisadas um percentual de 25% a 28% que veem o governo como razoável. Essas pessoas, com pequenas respostas da administração Rollemberg, poderão migrar para o Bom-Ótimo. Razoável é quase Bom…
Ele é mais criticado nas cidades oriundas de assentamentos. Em dezembro, apenas 11,3% dessas pessoas viam o governo como Bom-Ótimo. Antes, em outubro, pior ainda: 6,2%.
Será que a equipe do Rollemberg tem estratégia em desenvolvimento para melhorar a avaliação do governo?
Sinceramente, me parece fácil ampliar os índices favoráveis, mas hoje o governo tem um absurdo gargalo na Saúde, produzindo diariamente noticiário negativo, que abala a credibilidade de Rodrigo Rollemberg.
Pesquisa não se deve contestar, nem duvidar. São dados isentos que refletem o momento em que as pessoas foram pesquisadas.
E o público é mais volúvel do que personagem de Nelson Rodrigues.
Portanto, vamos aguardar os próximos capítulos. (RENATO RIELLA)