A greve dos bancários de todo o Brasil começou nesta quinta-feira (19) e não tem data certa para terminar, informa o coordenador do Comando Nacional dos Bancários e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Carlos Cordeiro.
A paralisação penaliza a população e hoje, por exemplo (dia 20) vence o prazo para o pagamento do imposto relativo ao Simples, atingindo milhares de empresas brasileiras, muitas das quais terão de cumprir esse compromisso posteriormente, com juros e multas.
A categoria pede reajuste salarial de 11,93%, que corresponde à inflação dos últimos 12 meses mais ganho real de 5%, além de melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e elevação do piso salarial para R$ 2.860,21 (hoje é de R$ 1.519).
Cordeiro explicou que os bancários tinham decidido na semana passada pela paralisação, caso os banqueiros não apresentassem até contraproposta com melhores condições.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu aos trabalhadores reajuste linear de 6,1%, que é a correção da inflação.
“Tivemos quatro rodadas de negociação, mas a Fenaban nada ofereceu de aumento real, nem valorizou o piso salarial, o que causou indignação e levou à greve”, justificou Cordeiro.
O dirigente sindical ainda lembrou que o Brasil está crescendo e os bancos continuam batendo recorde de lucro. “Eles têm obrigação de apresentar uma proposta com conquistas econômicas e sociais como forma de respeito e valorização dos bancários”, ressaltou.