RENATO RIELLA
Pela primeira vez em quase dois anos, o Banco Central reajustou os juros básicos da economia. Por 6 votos a 2, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,5% ao ano.
Na prática, isso não representa nada. Não mexe na estrutura do crédito, nem nas regras, etc. É psicológico! Antes de tudo, revela que o Banco Central mantém-se no seu poder específico, pois é claro que o aumento dos juros demonstra pequena derrota da presidente Dilma.
Porém, lembremos que ela, na campanha eleitoral de 2010, prometeu que a taxa de juros oficial cairia abaixo dos dois dígitos – e ninguém acreditou. Na faixa de 7,5% a promessa está mais do que mantida. Na verdade, até 9,9% Dilma estará cumprindo o prometido.
Observando-se a inflação nas próximas semanas poderemos perceber se o BC vai subir o percentual acima dos 7,5%. Por enquanto, deu para o gasto.
O chamado mercado volta a acreditar que existe Banco Central no Brasil. Nada mais do que isso.