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jan 13 2018

Bolsonaro diz que usava auxílio-moradia para “comer gente”

imbecil

Em entrevista à “Folha de S.Paulo”, o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato a Presidência da República, defendeu o recebimento de auxílio-moradia da Câmara, mesmo tendo imóvel próprio em Brasília. Questionado se usou o dinheiro do benefício para comprar seu apartamento, ele respondeu: “Como eu estava solteiro naquela época, esse dinheiro de auxílio-moradia eu usava pra comer gente. Tá (sic) satisfeita agora ou não?”.

A repórter respondeu que estava satisfeita por ter uma resposta, então Bolsonaro continuou: “Porque essa é a resposta que você merece. O dinheiro que entra do auxílio-moradia eu dormia em hotel, eu dormia em casa de colega militar em Brasília, o dinheiro foi gasto em alguma coisa. Ou você quer que eu preste continha: ‘olha, recebi R$ 3.000, gastei R$ 2.000 em hotel, vou devolver mil’. Tem cabimento isso?”. A reportagem argumentou que a apresentação de notas dos gasto é regra da Câmara cumprida pela maioria dos parlamentares.

A entrevista não foi agendada. A reportagem encontrou-se com o presidenciável na porta de sua casa em Angra dos Reis (RJ), na quinta-feira (11), durante apuração sobre uma servidora lotada em seu gabinete e que é vendedora de açaí na cidade fluminense.

Bolsonaro disse que pretende vender a residência de Brasília, suspender o auxílio-moradia e pedir apartamento funcional. “Inclusive, tem mais ou menos 60m2 o meu apartamento, e vou passar para um de 200m2. Espero que pegue com hidromassagem, ok? Eu vou morar numa mansão, não vou pagar segurança, IPTU, condomínio – no meu eu pago. Eu vou ter paz”, disse. Questionada, a assessoria da Câmara disse que não há imóveis com hidromassagem disponíveis.

Na entrevista, Bolsonaro disse ter cometido um “deslize” em 1999, ao afirmar, em entrevista, que sonegava impostos, recomendação que transmitia na época a toda a população. “Sonego tudo o que posso”, disse, à época. Na quinta-feira, à “Folha”, ele negou a prática. “O povo, como um todo, só não sonega o que não pode, e é uma verdade isso daí. Eu, representando o povo, desabafei naquele momento isso. (…) Eu nunca soneguei. ‘Eu mato tudo quanto é bandido que vier pela frente’. Matei algum bandido? Falei: ‘sonego tudo que é possível’. Como posso sonegar, por exemplo, ICMS?”, disse, completando: “Se houve um deslize num palavreado meu, é uma coisa. O que eu estava é reverberando a indignação popular”.

Bolsonaro também negou irregularidades na construção de seu patrimônio. Segundo a “Folha”, o presidenciável e seus três filhos parlamentares multiplicaram os bens na política, reunindo atualmente 13 imóveis com preço de mercado de cerca de R$ 15 milhões. “Peraí, você tem que divulgar é o meu patrimônio. Esquece meus filhos. Se meu filho assaltar um banco agora ou ganhar na Mega Sena, é problema dele, não é meu”.

Fonte: Folha de S. Paulo

 

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