Foi só passar a eleição para que o Banco Central aumentasse a taxa básica de juros de 11% ao ano para 11,25%, consolidando a posição de maior do mundo entre todos os países.
A justificativa é a mesma de sempre: a inflação está ameaçando a economia, podendo fechar o ano acima do teto da meta, que é 6,5%.
O Copom do Banco Central faz o jogo dos grandes investidores e dos especuladores do mercado financeiro, que ganham bilhões a cada aumento da taxa de juros, graças ao dinheiro aplicado em títulos da União.
O Brasil hoje tem dívida pública bem superior a R$ 2 trilhões. Para cada 1 ponto percentual de aumento da taxa de juros Selic o custo da administração dessa dívida aumenta em mais de R$ 5 bilhões ao ano.
O ano de 2014 marcará o custo de cerca de R$ 300 bilhões em juros que o Brasil pagará aos especuladores do mercado financeiro para bancar a dívida pública.
Portanto, por trás do combate à inflação há interesses bilionários. Vale dizer que, na campanha de 2010, Dilma Rousseff havia prometido fazer cair os juros oficiais para a faixa de um dígito. Com 11,25% ela certamente se afasta mais e mais dessa promessa de quatro anos atrás.
E vale a pergunta: como todos os outros países do mundo conseguem controlar a inflação aplicando juros muito mais baixos?