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set 10 2015

BRASIL TEM AVALIAÇÃO FINANCEIRA INTERNACIONAL PIORADA E AGRAVADA

A agência de avaliação financeira Standard & Poor’s rebaixou a classificação da dívida pública do Brasil, passando-a da avaliação BBB- para BB+.

É uma alteração que retira ao país o grau de investimento e que deverá ter graves consequências nos custos de financiamento do Estado brasileiro e das suas empresas.

Outras duas agências de classificação de riscos poderão fazer o mesmo nos próximos dias, agravando o status do Brasil.

No entanto, a consultoria Empiricus, uma das mais críticas hoje no mercado brasileiro, vem alertando que esses rebaixamentos de  nota financeira não terão graves efeitos imediatos, pois os investidores internacionais já vinham sinalizados por essa possibilidade, negociando com mais cautela.

Em comunicado, a agência Standard diz que os desafios políticos do Brasil continuam a crescer e alerta que a proposta de Orçamento para 2016, que contempla uma nova revisão da meta de superávit primário, o que poderá traduzir-se futuramente num crescimento da dívida líquida do país.

Em sua avaliação, a Standard & Poor’s assumiu uma perspectiva negativa, o que significa, no funcionamento das agências de notação financeira, que a entidade admite que poderá ainda baixar mais a avaliação do risco de crédito do Brasil na próxima análise.

A perda de grau de investimento nas notações das agências financeiras, como a Standard & Poor’s, é uma notícia negativa para a economia, pois significa que há a percepção de que existe um maior risco de não pagamento a tempo das dívidas.

Por norma, as descidas de notação financeira levam o país a verificar, nos meses seguintes, um agravamento das condições para obter financiamento do exterior, pois os investidores irão exigir um juro maior para aplicarem o seu dinheiro em instrumentos de dívida de um país que tem uma avaliação pior.

Foi o que aconteceu, por exemplo, em Portugal. Com a crise do Euro dos últimos anos, e uma economia fortemente endividada, o país viu as várias agências de notação financeira baixarem as suas avaliações da dívida pública portuguesa, perdendo o grau de investimento. Para conseguir novos empréstimos no mercado financeiro, o Estado português precisou pagar juros mais altos.

Noutras agências internacionais, como é o caso da Fitch, o Brasil ainda tem o grau de investimento.

 

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