Brasília jogou fora quase R$ 2 bilhões com o novo Estádio Mané Garrincha, mas verifica-se que a maior parte dos 12 estádios de futebol profissional do DF encontra-se em más condições de uso.
Essa constatação foi repetida por vários participantes de audiência pública realizada , na Câmara Legislativa, para discutir a situação desses locais.
A iniciativa do debate partiu dos deputados Chico Vigilante (PT) e Júlio César (PRB).
Edmilson Bastos, do Clube Atlético Taguatinga, descreveu a situação dos estádios como precária.
“Quem conhece os banheiros do estádio Serejão, sabe do que estou falando. É uma vergonha. Parte do problema está no uso desses estádios pelas administrações regionais para fins políticos e também para a realização de torneios amadores. Os estádios de futebol devem ser usados exclusivamente para partidas de futebol profissional”, defendeu.
Emanuel Teixeira, do Clube Legião, defendeu o uso do Estádio Nacional Mané Garrincha pelos clubes de Brasília.
“Esse estádio foi construído com dinheiro do povo de Brasília e os clubes de Brasília não podem ficar de fora daquele local. Nosso futebol hoje está abandonado, basta ver a situação dos estádios de Planaltina, Brazlândia e Paranoá”, disse.
A burocracia que envolve a liberação de estádios para a realização de partidas também foi lembrada na audiência.
“A cada vez que vamos realizar um jogo de 90 minutos, temos que juntar mais de 150 documentos. É uma burocracia sem fim e muitas vezes os órgãos do governo dão orientações contraditórias entre si”, reclamou.