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jun 15 2016

CASSAÇÃO DE CUNHA FICA PARA O SEGUNDO SEMESTRE

O deputado Eduardo Cunha e sua mulher estão em pânico, pois sabem que em algum momento serão presos – mas não será um momento tão próximo quanto a gente pensa. A não ser se a prisão for determinada pelo Supremo Tribunal Federal…

A aprovação pelo Conselho de Ética da Câmara Federal, da cassação do mandato de Cunha, é importante passo. Mas ele saberá protelar a decisão final. Para isso, terá apoio velado de importantes nomes da política federal.

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), vai manobrar bem para que o processo contra Cunha não se conclua antes do recesso de julho. Assim, o caso estende-se até agosto e se confunde com a fase final do impeachment.

Cunha sabe usar todos os recursos. Recorrerá à Comissão de Constituição e Justiça, para ganhar tempo.

O cerco contra ele está se fechando. Enquanto andam os processos no STF, vê-se que a Justiça Federal interveio nos seus bens e da sua mulher. Fica a cada momento mais difícil agir, agora com limitação financeira.

Enquanto Cunha não for cassado, permanece a interinidade perniciosa na Câmara Federal.

Com Maranhão como presidente, o Brasil não tem substituto para o presidente interino Michel Temer em caso de viagem ou de algum impedimento mais grave.

Isso quer dizer que o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, no Tribunal Superior Eleitoral, não acontecerá tão cedo. E, assim, a perspectiva de nova eleição presidencial vai se tornando mais difícil – mas não impossível.

O pessoal do TSE não é maluco de afastar Dilma e Temer da Presidência, levando Waldir Maranhão a ocupar o Palácio do Planalto.

Hoje já se discute quem pode ser eleito, no lugar de Cunha, para ocupar a presidência da Câmara num mandato-tampão, que vai até fevereiro de 2017.

Fala-se abertamente no deputado brasiliense Rogério Rosso (PSD-DF), que teve ação eficiente na presidência da Comissão de Impeachment. Mas será que vale ocupar este cargo por apenas seis ou cinco meses?

Rogério Rosso almeja ser presidente da Cãmara no biênio 2017-2018, quando poderá ter papel preponderante na aprovação de projetos que salvarão o Brasil.

O certo é que o caso Cunha só se resolve no segundo semestre, a não ser se houver um grande pacto político para resolver logo o problema.

Até lá, nem o presidente Temer tem interesse de apressar o processo. Vai se virando com Maranhão…

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