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dez 22 2012

CHACINAS SEM ENALTECER OS MALUCOS

 RENATO RIELLA

 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi reeleito e nunca mais poderá disputar eleição nos Estados Unidos. Assim, ele não precisa mais fazer média com o eleitorado. Nessa condição, espera-se que adote medidas duras para conter a epidemia de massacres em escolas americanas.

Proibir armas é uma proposta, mas tenho outra, surpreendente.

Proponho que haja um pacto da imprensa, no mundo, pelo qual nunca mais seja divulgado o nome de qualquer praticante de chacina (nem foto, nem imagens), de modo que o indivíduo saiba que não morrerá famoso.

A exposição pública desses indivíduos incentiva outros malucos a praticarem mortandades cada vez maiores, na esperança de entrar na história.

Em Brasília, na década de 80, uma das modas era pular da Torre de TV. Nós, diversos editores de jornais, TVs e rádios, fizemos o pacto de não divulgar mais suicídios. Com isso, reduziu-se enormemente o número de casos.

A repercussão de chacinas ou de suicídios leva à repetição de casos. Hoje, no caso dos massacres contra jovens e crianças, a imprensa publica até as mensagens deixadas pelos assassinos de causas inúteis. São manifestos da insanidade, que “sensibilizam” outros desequilibrados – com o agravante de serem disseminados pelas redes sociais.

A proposta não é de censura. É de pacto entre os diversos veículos de comunicação do mundo.

Se o praticante da chacina sobreviver, pode ir a julgamento sem divulgação da sua imagem, nem do seu nome, nem das suas ideais. E nunca será famoso. Nem será imitado.

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