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mar 04 2021

“Chega de frescura e de mimimi, vão ficar chorando até quando?”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro inaugurou, hoje (4), um trecho de 172 quilômetros da Ferrovia Norte-Sul. Em vez de falar de transporte ou da obra, Bolsonaro usou o evento para atacar quem defende medidas de restrição na economia para o combate à pandemia de Covid-19.

Ao elogiar o trabalho dos agricultores, que não pararam mesmo na pandemia, Bolsonaro disse que o país tem que enfrentar seus problemas.

Ele também desafiou os governadores. “Repensem a política de fechar tudo, o povo quer trabalhar”, declarou.

Segundo Bolsonaro, é preciso respeitar os idosos e declarou que “o tratamento errado do Covid é muito mais danoso do que o próprio vírus”. Em seguida, afirmou: “Vamos tratar da economia e do próprio vírus. Lamentamos qualquer morte no Brasil.”

O presidente chamou de “frescura” fechar o comércio nos municípios e afirmou que atividade essencial é toda aquela que faz o chefe de família levar dinheiro para dentro de casa. “Todos nós vamos sofrer se não tomarmos a medida certa, mas com coragem”, defendeu.

“Temos que enfrentar nossos problemas. Chega de frescura, de mimimi, vamos ficar chorando até quando? Respeitar obviamente os mais idosos, aqueles que tem doenças. Mas onde vai parar o Brasil se nós pararmos?”, disse Bolsonaro em evento em Goiás

Ele também criticou a criação de novas reservas para os índios. “Já são 14% do nosso território demarcado como terra indígena”, disse. Ele chamou de “absurda” a demarcação para os yanomamis.

“Que imprensa é essa nossa que transformou-se num partideco político de esquerda”, atacou. “Eu quero uma imprensa forte, cada vez mais livre”, disse.

As obras da ferrovia, que deve ligar as regiões Sudeste e Norte do país, passando pelo Sudeste, atravessa dez Estados.

O ministro das Comunicações, Fabio Faria, repetiu os discursos de Bolsonaro dizendo que os Estados receberam dinheiro do governo federal, mas não acreditaram na segunda onda da pandemia.

Faria também criticou o desmonte dos hospitais de campanha pelas administrações estaduais. “Se fosse o presidente que fizesse isso, iriam chamá-lo de negacionista”, disse para defender o chefe.

O ministro exaltou o Brasil ser o sexto país do mundo em número absoluto de vacinações e afirmou que as aglomerações na campanha política, nas festas de fim de ano e no Carnaval pelo país foram responsáveis pelo avanço da doença. “Mas se o presidente sair e cumprimentar dez pessoas, aí cai o mundo. […] Vamos começar a falar bem do Brasil”, pediu Fabio Faria.

Na sequência, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que não há problemas na economia e que o governo vai fornecer 140 milhões de doses de vacina até o meio do ano. “Por que nós não vamos confiar no Brasil?”, perguntou.

Com informações de R7

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