RENATO RIELLA
Ilustrando a polêmica de baixíssimo nível entre o tenebroso pastor Malafaia e o exagerado jornalista Boechat, conto uma história engraçada.
Os mais velhos lembram que o Ministério da Saúde, em 1995, lançou uma campanha publicitária infeliz, relativa ao órgão sexual masculino, chamando o conhecido “pinto” de “bráulio”.
Não se sabe porque, mas um publicitário maluco teve a idéia de usar nome próprio para definir o “peru” masculino. É claro que a campanha durou pouco tempo no ar. E despertou a fúria dos que tinham Bráulio como nome de batismo.
Naquele tempo, o chefe de reportagem do Jornal de Brasília era o experiente jornalista Arthur Herdy. No início da manhã, ele entregou uma pauta a uma jovem repórter, mandando entrevistar o sindicalista da CUT chamado de “Cícero Bráulio”.
Foi uma brincadeira perigosa do Arthur, pois o verdadeiro nome do petista é Cícero Rolla, ainda hoje bastante respeitado e conhecido em Brasília.
A menina fez a reportagem, que saiu publicada, identificando o entrevistado como Cícero Bráulio, como estava na pauta recebida por escrito.
A sorte é que o meu amigo Cícero Rolla é civilizado, calmo e chegou à redação do Jornal de Brasília sem ódio, mas puto-da-vida, é claro! No fim, desculpas pedidas, desculpas aceitas.
O caso fica oportuno agora, quando o jornalista Boechat, perdendo argumentos diante de um pastor boquirroto, disse no ar, na Band, uma frase inacreditável: “Malafaia, vá procurar uma rola!”
E não falou rolla, com dois “éles”, não!
O Brasil é um país surrealista.