Hoje (29), foi anunciada a Pesquisa de Emprego e Desemprego do DF da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O levantamento é mensal e refere-se ao mês de fevereiro de 2022.
Em um trimestre historicamente negativo, a taxa de desemprego surpreende em fevereiro, mantendo-se estável em relação a janeiro e reduzindo no comparativo com fevereiro de 2021.
Com isto, completou 11 meses de continua redução deste indicador em relação a igual mês anterior, sendo o decréscimo identificado em fevereiro de 1,6 pontos percentuais.
Mês que é marcado por feriados e encerramento de férias escolares e acadêmicas, o que impactam diretamente os setores de transporte, comércio e o trabalho de ambulantes, fevereiro apresentou leve reaquecimento de mercado e aumentos nas taxas de ocupação no DF.
“No trimestre encerrado em fevereiro último, o mercado de trabalho do DF apontou estabilidade da taxa de desemprego na relação com o mês anterior e importante redução no confronto com fevereiro de 2021. Este é um período em que, tradicionalmente, o desemprego cresce, portanto, não é algo banal. Além disso, a contínua redução da taxa de desemprego por 11 meses consecutivos fez a escassez ocupacional recuar a patamares do segundo semestre de 2016. Em conjunto com a elevação do rendimento médio, após muito tempo de declínio, penso que este quadro nos faz conjecturar sobre que o espaço de trabalho do DF está se estabilizando em um patamar promissor nesta fase pós-pandemia”, avalia Lucia Garcia, técnica e economista do Dieese.
De acordo com o levantamento, foram criados 68 mil novos postos de trabalho, superando a marca dos 51 mil que entraram na busca por empregos no mercado. Os setores que mais contrataram foram o da administração pública, serviços e comércio, gerando esta redução no desemprego na capital do país.
Porém, mesmo com este aumento no número de empregados, a renda média do trabalhador brasiliense reduziu com maiores números no setor público (12,8%), assalariados (10,8%) e setor privado com carteira assinada (5,1%), resultando em um efeito cascata, ou seja, reduzindo o número de ocupados na área doméstica com o rearranjo nos gastos familiares.
Além de reduções na construção civil, que perdeu 3 mil trabalhadores em fevereiro, influenciado pelo período de chuvas, houve também queda na indústria de transformação, que possui o menor contingente de ocupados no DF e mesmo assim passou de 49 mil para 45 mil empregados.
Confira na íntegra o Boletim PED-DF e o Boletim PED-PMB.
Fonte: Ascom/Codepla – Matheus Vaz- de Ary Filgueira