RENATO RIELLA
A depender da pesquisa feita em Brasília, José Roberto Arruda tem de 20% a 30% nas intenções de voto (pesquisa estimulada). Na pesquisa espontânea, mais de 70% dos eleitores ainda não indicam nenhum possível governador. O cidadão está distante da política.
O percentual de votos do Arruda pode garantir a ele um lugar no segundo turno da eleição brasiliense, mas nos bastidores da sua campanha já se discute abertamente como esses votos poderão se redistribuir se for confirmada a impugnação do candidato.
Neste ano, os partidos têm o prazo final de 20 de setembro para substituir candidatos. Na eleição passada, nas vésperas do voto podia haver troca. Weslian Roriz disputou o cargo de governadora usando o nome do marido, Joaquim, e a foto dele aparecia na urna eletrônica na hora da votação.
Caso Arruda seja afastado da disputa pela Justiça, o mais viável é a confirmação do seu vice, Jofran Frejat, como candidato a governador. Mas nos corredores há quem defenda outros nomes, como Gim Argello (PTB) ou Fraga (DEM).
Não se pode esquecer que, em agosto, Roriz fará transplante de rim e pode voltar à ativa na política, com garra, podendo ter alguma outra idéia sobre o melhor candidato a governador. Quem sabe ele decide lançar Liliane Roriz como candidata ao Governo do DF?
Assim, temos hoje um quadro eleitoral com Arruda e outro sem ele. Nas próximas semanas muita virada pode ocorrer.
Desde já uns e outros estão negociando nos bastidores, pois lealdade é uma coisa que não existe em eleição. O feio é perder nas urnas. Rei morto, rei posto, sempre foi a regra da política.