RENATO RIELLA
O comando da Polícia Militar promete retomar o comando da Polícia Militar – que andou meio perdido. Mas quem pode acreditar nisso?.
O Brasil é hoje um país emocional, cercado de Black Blocs, rolezinhos, sem-tetos, revoltados em geral. No caso de Brasília, a revolta do momento dirige-se contra os policiais militares.
Abertamente, em cada esquina, os chamados PMs são responsabilizados pelas últimas tragédias envolvendo assaltantes vagabundos, que matam pessoas comuns, em áreas plenamente habitadas.
A situação é tão grave que, a qualquer momento (anotem esta advertência), policiais militares serão apedrejados nas ruas. Não subestimem esta possibilidade. Será que responderão metendo bala no povo?
A situação é tão absurda que os eternos grevistas da PM até usam sigla para definir a situação. A sigla usada por eles é OT, referente a operação-tartaruga, conforme se lê aqui ou ali na internet.
COMANDANTE DA PM
ASSUME COMPROMISSO
De público, surge um compromisso. “A partir de hoje, a Polícia Militar manterá presença ostensiva nas ruas, inclusive com a participação maciça de oficiais”.
A promessa vem tarde, mas parte do comandante-geral da PM, coronel Anderson Moura, após reunião com o governador Agnelo Queiroz e o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, junto com comandantes dos batalhões da PM.
“Estaremos nas ruas com todos os nossos comandantes e praças para garantir paz e tranquilidade. Os oficiais apoiarão os policiais que estão trabalhando e fiscalizarão aqueles que mostrarem resistência”, disse o comandante-geral.
“O oficial é um policial militar e está pronto para todas as situações: para atender ocorrências e fazer fiscalização e controle. Colocaremos todos os coroneis da PM para trabalhar na rua”, completou Moura.
Além de prorrogar o expediente para que o efetivo cumpra sua missão de oferecer segurança à população, o comando da PM afirmou que cinco militares, entre praças e oficiais, serão punidos com sanções que vão de advertência a demissão.
A PMDF instaurou procedimentos administrativos para avaliar a conduta ética e disciplinar dos policiais envolvidos na ação conhecida como operação-tartaruga, a já famosa OT.
Os militares em questão fazem parte do grupo que influencia e incentiva, por motivações políticas, a morosidade no atendimento de ocorrências.
“Já identificamos quem tem outros interesses que não o atendimento do pleito da instituição, interesses eleitoreiros. Eles já estão respondendo a conselhos”, disse Moura.
A curto prazo, espera-se que o governador substitua o secretário de Segurança, Sandro Avelar, que está disposto a se candidatar a deputado federal pelo PMDB.
A escolha do novo secretário de Segurança Pública indicará quanto o governador Agnelo está disposto a intervir na área, onde hoje existe uma nítida quebra de autoridade e hierarquia.
Onde será que Agnelo encontrará um secretário de Segurança sem medo de nada?