GABRIEL CASONATO (Consultoria EMPIRICUS)
È preocupante para nós, brasileiros, a instabilidade política no país.
Entre delações, grampos e Cunha fazendo o que pode (e o que não pode) para evitar a cassação de seu mandato, Michel Temer tem que se desdobrar para aprovar as medidas econômicas necessárias à recuperação do país e, ao mesmo tempo, permanecer alheio à este mar de lama que encobre Brasília.
O presidente interino deve voltar ao Congresso nesta semana para entregar pessoalmente a PEC que limita o crescimento das despesas públicas à variação da inflação. Seria amanhã, mas ainda há um impasse sobre o tempo de duração da proposta.
Enquanto o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, defende dez anos, os aliados do novo governo querem um prazo menor, de três a cinco anos.
Se a questão pendente for mesmo apenas o tempo de vigência, acredito que não teremos problemas em chegar a um meio termo para aprovar a medida, uma das mais importantes até agora no âmbito do ajuste fiscal.