RENATO RIELLA
Tenho convicção que o jornalismo está acabando. Mil mudanças na sociedade levam a isso. Mas permanecerá a arte de informar pelos mais diversos canais de comunicação.
Assim, tomo a liberdade de estender a minha mão veterana à repórter Mariana Laboissière, para dizer que seu trabalho assinado hoje no Correio Braziliense é igual ao do padre que esqueceu de falar de Jesus no sermão da Sexta-Feira Santa. Como se diz, pequeno detalhe…
Mariana fez perfil detalhado da fantástica criadora do projeto Ampare, Gláucia Gomes Aguiar, sepultada ontem em Brasília, sem constatar e nem escrever que ela teve longo casamento com o músico e grande radialista Clayton Aguiar.
Clayton e Gláucia, formando um casal maravilhoso na Brasília de todos os tempos, não podem ser citados individualmente em momentos marcantes como este.
O jornalismo, mesmo em fase terminal, ainda exige investigação completa dos fatos. Gláucia certamente ficaria muito feliz de ser citada ao lado do seu companheiro, o grande Clayton.
Ao falar dos dois, a grande notícia é o amor que os uniu. Mas a apuração ainda jornalística da Mariana não conseguiu constatar este fato marcante.