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jun 04 2014

CONFIANÇA DE JAQUELINE RORIZ É REFORÇADA POR PESQUISA ELEITORAL

RENATO RIELLA

Jaqueline Roriz (PMN-DF) aparece na pesquisa da Dados Opinião (maio/junho) em primeiro lugar entre os possíveis candidatos a deputado federal, com 7,5% das intenções de votos. Foram consultados três mil eleitores, nas 31 regiões administrativas do DF, em pesquisa registrada na Justiça Eleitoral.

Na pesquisa Estimulada da Dados, quando são apresentados os nomes de prováveis candidatos, ela está abaixo de Reguffe (15,3%), mas este insiste em dizer que é candidato ao Senado pelo PDT. Portanto, a primeira é Jaqueline.

É claro que, na pesquisa Espontânea (o eleitor diz de memória o seu candidato), Jaqueline ainda está inexpressiva, com 0,2% das intenções de voto, mas certamente crescerá quando a campanha estiver nas ruas.

Na pesquisa Estimulada, logo abaixo dela, está Érika Kokai, do PT, com 6,2% das intenções de voto. Esta tem a vantagem de fazer parte de um partido que pode eleger dois ou três federais, garantindo com tranqüilidade o quociente eleitoral de 200 mil votos necessário para viabilizar um deputado.

Jaqueline, no PMN, dependerá de coligação com algum outro partido para viabilizar sua eleição, mas essas são questões matemáticas que estão sendo estudadas.

Tenho demonstrado neste BLOG preocupação com o processo contra Jaqueline Roriz em fase final de tramitação no Supremo Tribunal Federal. Se ela for condenada antes de 5 de julho, não conseguirá registrar sua candidatura na Justiça Eleitoral, por causa da Lei da Ficha Limpa.

Falando hoje com Jaqueline, ela se disse absolutamente tranqüila em relação a este processo, não só porque acredita que o julgamento ocorrerá em outros momentos, mas também pelas características da acusação.

Ela foi denunciada por ter recebido dinheiro do ex-secretário Durval Barbosa, em 2006, para ajudar na sua candidatura a deputada distrital.

Jaqueline explica que, nesse período, era cidadã comum. Não era agente pública, nem deputada eleita. Por isso, não pode ser responsabilizada pelo acesso a verba pública, tendo recebido doação eleitoral de outro cidadão, no caso, Durval Barbosa.

Nesse caso, ela se diferencia de outros políticos, que receberam dinheiro de Durval quando exerciam mandatos legislativos. Jaqueline alega, também, que não está incluída entre os 37 acusados no processo da Caixa de Pandora, justamente porque não era do governo e nem era ainda deputada.

A alegação dela em relação ao processo do Supremo é pertinente, mas não dá para prever como o julgamento vai ocorrer – nem quando. De qualquer modo, é preocupante.

Deve ser lembrado que o ex-governador José Roberto Arruda e a deputada Jaqueline foram condenados em processo da Justiça local (Justiça comum), ainda em primeira instância, à perda dos direitos políticos por oito anos, mais os ressarcimentos aos cofres públicos pela prática de improbidade administrativa.

Os políticos e outros dois réus foram julgados pela 2ª Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal, no julgamento do escândalo conhecido como mensalão do DEM, investigado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). Ainda cabe recurso da decisão.

Não consta que o julgamento desse processo em segunda instância vá ocorrer logo, de modo a tirar a chance de Jaqueline disputar a eleição.

Assim, tudo indica que Jaqueline será o nome mais forte na eleição de deputada federal, se Reguffe não mudar de idéia.

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