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abr 11 2014

CPI da Petrobras está encalhada no supremo tribunal

RENATO RIELLA

A Copa do Mundo está quase chegando e a CPI da Petrobras não começa a funcionar. Daqui a pouco vem o período eleitoral – e aí é que não se discute mais nada além de voto.

No momento, a CPI está parada no Supremo Tribunal Federal, onde a ministra Rosa Weber vai analisar pedidos da oposição e de parlamentares governistas sobre a criação da CPI. A ministra é relatora de mandados de segurança das duas partes.

No primeiro mandado de segurança, parlamentares da oposição querem garantir a instalação de uma CPI no Senado para investigar exclusivamente denúncias envolvendo a Petrobras. Não aceitam que sejam misturados temas de interesse do governo Dilma.

Por sua vez, os governistas entraram com mandado de segurança pedindo que o STF defina o que é “fato determinado” para a criação de CPI. Isso porque pretendem discutir na Comissão de Inquérito, em paralelo com a Petrobras, o escândalo bilionário do Metrô de São Paulo, que compromete os governos tucanos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin.

A oposição alega que a CPI foi protocolada no Senado tendo a Petrobras como tema e não pode abordar outras questões. O pessoal ligado às campanhas de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) pretende investigar com prioridade a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, que deu prejuízo bilionário à Petrobras.

Bilhão pra lá, bilhão pra cá, o bate-boca acabou no Supremo, onde não há prazo para decisão. No fim, virou uma briga eleitoral, com a opinião pública dividida.

Muita gente quer mesmo se que se apure, junto com os problemas da Petrobras, o desvio de dinheiro do Metrô paulista, que abrange outras corrupções semelhantes em outras cidades.

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