Você acredita que uma CPI da Petrobras, na Câmara Federal, possa investigar com firmeza, sendo dominada pelo PMDB e pelo PT? O melhor é esperar o resultado do juiz federal Sérgio Moro, que já foi até longe demais.
O certo é que a reunião de instalação da comissão parlamentar de inquérito (CPI) confirmou os nomes dos deputados Hugo Motta (PMDB-PB) e Luiz Sérgio (PT-RJ) na presidência e relatoria do colegiado.
Motta foi eleito com o voto de 22 dos 27 integrantes da comissão. No início da reunião, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) questionou a indicação de parlamentares que receberam doações de empresas investigadas na Operação Lava Jato. Mas no fim isso não foi levado em conta.
A CPI terá prazo de 120 dias para concluir os trabalhos, que podem ser estendidos por mais 60 dias, por decisão do plenário.
A finalidade é investigar a prática de atos ilícitos na Petrobras, relacionados a superfaturamento e à gestão temerária na construção de refinarias no Brasil, entre outras denúncias envolvendo a estatal.
A comissão foi proposta principalmente por deputados de partidos de oposição para continuar as investigações sobre as denúncias de corrupção na empresa de 2005 a 2015.
Após depoimento do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, um dos presos pela Operação Lava Jato, segundo o qual o esquema de corrupção e pagamento de propina começou em 1997, o PT decidiu pedir que também seja investigado o período em que Fernando Henrique Cardoso foi presidente da República (1995-2003).