Faltando 29 dias para a Copa do Mundo, a CPI da Petrobras começa a se movimentar no Senado, mas será dominada por petistas e peemedebistas, o que assegura ao governo ritmo moderado na apuração dos desmandos praticados na empresa.
Por aclamação, os senadores Vital do Rêgo (PMDB-PA) e Antônio Carlos Rodrigues (PR-SP) foram eleitos presidente e vice-presidente do colegiado respectivamente. O relator da CPI será o senador José Pimentel (PT-CE).
Dos 13 titulares que vão compor a comissão, dez são da base de apoio ao governo e só três pertencem ao bloco da minoria, que propôs a CPI.
Confiantes na instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (composta por deputados e senadores) para investigar a estatal brasileira na semana que vem, apenas um senador de oposição, Cyro Miranda (PSDB-GO), participou da sessão que formou a CPI.
Cyro Miranda e os senadores Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO) foram designados para a comissão pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para ocupar as três vagas da oposição que, sob protesto, não indicou nomes à CPI do Senado.
Lúcia Vânia e Wilder Morais chegaram a pedir a substituição de seus nomes. A recusa decorre da decisão da oposição de priorizar a CPI mista, com participação de senadores e deputados.
Em meio a tudo isso, persiste a estratégia do presidente Renan Calheiros para empurrar o assunto com a barriga até a Copa do Mundo, quando as atenções estarão direcionadas para o futebol.