RENATO RIELLA
A polícia de Goiás não está se saindo bem nesta questão das mortes de moças em Goiânia, com pelo menos 12 casos de assassinatos confirmados.
Se a imprensa goiana demorou para alardear o fato, o Correio Braziliense está cumprindo bem o seu papel, dando manchete durante dois dias seguidos para denunciar a existência de um possível serial keller em Goiânia.
Aprendi em muitos anos de jornalismo que, quando um caso grave chega ao conhecimento público, a polícia precisa passar a informar a imprensa com clareza, usando os meios de comunicação no processo de investigação.
Com isso, é possível que, em meio a muitas informações falsas, surjam pistas verdadeiras, que ajudem a desvendar os crimes.
Talvez por causa da proximidade da eleição de governador, os goianos estão tentando minimizar a situação, mas o pânico se instala, atingindo inclusive a cidade vizinha de Anápolis, e há até boato infundado de migração do assassino para Brasília.
Hoje a polícia tem tecnologia para definir as coisas rapidamente. Os investigadores, com estudo de balística, já devem saber quantas vezes uma mesma arma foi usada nesses crimes, mas estão escondendo o jogo.
É notório que a condução desse caso está sendo mal feita.