Centrando esforços para aprovar a reforma da Previdência, o presidente Michel Temer (PMDB) convidou o professor de economia da PUC-Rio José Camargo para fazer palestra durante um jantar que será oferecido por ele aos seus aliados hoje à noite.
De acordo com informações do jornal O Globo, o economista terá a missão de convencer os parlamentares com dados que apontam um consumo com aposentadoria dos servidores públicos federais de R$ 500 bilhões, entre 2001 e 2016, a mais do que o que foi gasto com a saúde.
O consumo, conforme aponta o jornal, também representa mais de 50% do que foi investido em educação no país. Diante do foco central, que é atacar o que o governo tem chamado de “privilégios e regalias” dos servidores públicos, o economista mostra, em seu estudo, que o rombo do sistema previdenciário do funcionalismo atingiu R$ 1,325 trilhão, para atender um milhão de beneficiários.
A reportagem da jornalista Geralda Doca mostra que, no período, a saúde pública ficou com R$ 800 bilhões, para um universo de 200 milhões de brasileiros.
De acordo com os dados do economista, no setor privado (INSS), o déficit do regime previdenciário foi de R$ 500 bilhões. O sistema privado dá cobertura a 30 milhões de segurados.
Os dados serão detalhados aos parlamentares, Camargo compara os gastos previdenciários aos do programa Bolsa Família, que custou ao governo R$ 250 bilhões em 15 anos e consegue atender aos 30% mais pobres do país.
O Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos e que consumiu R$ 450 bilhões no período, também beneficia a população de baixa renda, pois é voltado para as famílias nas quais a renda per capita é de até um quarto do salário mínimo”, diz trecho da reportagem.
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