Esta não é uma boa notícia para um ano eleitoral: o Banco Central manteve em US$ 80 bilhões a projeção, para este ano, do saldo negativo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o resto do mundo – chamado de transações correntes.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, o déficit em transações correntes deve ficar em 3,52%, contra 3,48% previstos em junho.
Para o superávit comercial (exportações maiores que as importações), a projeção do BC passou de US$ 5 bilhões para US$ 3 bilhões, este ano, embora o resultado até o momento seja negativo.
A conta de serviços (viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros, entre outros), também integrante das transações correntes, deve registrar déficit de US$ 46,5 bilhões, contra US$ 47,6 bilhões previstos anteriormente.
A projeção para o déficit na conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) agora é US$ 39 bilhões. A estimativa anterior era US$ 39,9 bilhões.
O investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo. A projeção do BC para o IED é US$ 63 bilhões, este ano, a mesma estimativa anterior.