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jul 29 2013

DEPOIS DO BRASIL, O GRANDE RISCO PARA FRANCISCO ESTÁ NO VATICANO

RENATO RIELLA

O mundo acredita cada vez mais no assassinato do Papa João Paulo I, aquele que comandou o Vaticano durante apenas um mês, antes de João Paulo II. Sabendo disso, reconheçamos que todas as ameaças pairam sobre o Papa Francisco nesta sua volta ao Vaticano, depois de desafiar todas as normas de segurança no Brasil.

Em uma semana, ele redefiniu a Igreja Católica como pobre, simples, ecumênica e politicamente correta, sem permitir, no entanto, que seja de vanguarda em temas ligados ao sexo ou à manutenção da vida (aborto).

Ficou definido que a próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2016, será na Polônia. Desde já, devemos afirmar que não se poderá admitir flexibilidade na segurança papal, sob pena de grave incidente.

Podemos dizer que em nenhum outro país do mundo o Papa Francisco pode andar no meio dos fieis, ou de vidros abertos, ou em papamóvel sem paredes, ou mesmo preso em engarrafamentos urbanos. Se tentar, terá vida curta à frente da Igreja Católica. Só no Brasil isso é possível, mesmo assim com grande risco, como vimos.

Francisco passou pelos maiores testes e se consolida como um homem que merece confiança, fiel aos princípios que defende desde quando ainda era bispo.

Se Francisco é puro marketing, é um marketing coerente, que terá de ser assumido por toda a Igreja Católica, em todos os países, sob pena de sofrer reação da sociedade.

 

 DEPOIS DOS PROTESTOS,

O PAPA MODEROU SUA FALA

Se o Papa Francisco tivesse vindo ao Brasil no mês de maio, seus pronunciamentos teriam sido muito mais duros na condenação da corrupção, da exclusão dos pobres e da deficiência dos serviços.

Pode ser dito que ele encontrou essas mensagens prontas, depois das manifestações de rua. As cobranças estão fixadas em cada esquina. Por isso, o Papa precisou moderar suas palavras, para não ser acusado de incendiário.

Depois da sua passagem, certamente o povo voltará às ruas com muito mais firmeza. E o calendário já indica duas datas que podem ser consideradas fatais:

-A primeira delas ocorre no mês de agosto, quando o término do julgamento do Mensalão pelo Supremo Tribunal Federal será acompanhado com lupa pelo povo brasileiro.

-A segunda data fatal é o próprio 7 de setembro, quando haverá manifestações de grande porte em todas as principais cidades brasileiras, cobrando das autoridades mais austeridade, menos corrupção e serviços de melhor nível.

Ainda sobre a passagem do Papa pelo Brasil, pode ser dito que reaproximou muitos católicos da Igreja e trouxe para o mesmo barco muitos evangélicos e espíritas, que reduziram os seus preconceitos em relação à Igreja Católica.

Outro aspecto favorável refere-se ao impacto nas chamadas vocações sacerdotais. A dificuldade de se descobrir novos padres vai diminuir gradativamente, pois agora é entusiasmante servir ao Exército comandado pelo Papa Francisco.

Outras repercussões serão mostradas pelo passar dos tempos, mas realmente não ficou pedra sobre pedra no coração dos brasileiros.

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