Os deputados ou vereadores mais votados numa eleição serão os escolhidos para ocupar o cargo. Esta é a proposta que deve ir a votação na Câmara Federal.
Hoje, são escolhidos deputados ou vereadores mais votados em partidos que têm maior força. Muitas vezes, um político com o dobro dos votos fica de fora porque os votos da sua legenda são inferiores.
Vai acabar o chamado voto proporcional, que o eleitor não entende, e valerá o voto direto obtido no estado (para deputados) ou no município (para vereadores).
Há casos, como o do deputado Tiritica, que conseguiu eleger outros quatro deputados da sua legenda com a sobra dos seus votos, sendo alguns deles completamente inexpressivo nas votações.
O relator da reforma política na comissão especial, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), apresentou o parecer no qual propõe o sistema eleitoral chamado distritão, em que a circunscrição é a própria unidade da Federação no sistema eleitoral majoritário.
Ele propõe também a manutenção do atual sistema misto de financiamento de campanhas (público e privado).
Outra proposta é o fim da reeleição para os cargos executivos, além da criação do mandato de cinco anos, inclusive para senadores, e da coincidência das eleições.
O início da discussão e votação na Câmara Federal foi agendado pelo presidente da comissão, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), para quinta-feira (14), às 19 horas.