Durante o julgamento do deputado distrital Aylton Gomes, no Tribunal de Justiça do DF, o desembargador Silva Lemos, da 3ª Turma Cível, referiu-se à Câmara Legislativa como “um poço de negociata e de corrupção” e sugeriu o fechamento da Casa.
Vários deputados se posicionaram contra as declarações do desembargador e, ao final, o presidente Wasny de Roure (PT) anunciou que a Mesa Diretora encaminhará um ofício ao presidente do TJDFT expressando seu protesto.
“Se essa Casa não existisse e não estivesse aqui, de portas abertas, onde estaria essa gente?”, disse Wasny apontando para os servidores que ocupavam a galeria do plenário.
“Esta é a Casa do povo, e todos deveriam trabalhar para fortalecer as instituições”, comentou Olair Francisco (PTdoB).
“Ao magistrado, cabe julgar o caso, e não emitir juízo de valor com relação a toda uma instituição”, declarou Eliana Pedrosa (PPS), acrescentando: “Houve um excesso que não contribui para a democracia, e cabe à Mesa Diretora exigir que ele seja reparado”.
Dr. Michel (PP) disse que o desembargador não representa o TJDFT como um todo e pediu uma nota pública da Mesa. Celina Leão (PDT) completou que, “se o desembargador tem algum apontamento a fazer, que o faça individualmente”.