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nov 26 2018

Desembargadores decidem que o ex-procurador Claudio Lopes vai continuar na cadeia

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Os desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça decidiram hoje (26), por maioria de votos, manter preso Claudio Lopes, primeiro ex-procurador-geral de Justiça a ir para a cadeia. Os magistrados determinaram ainda o sequestro de R$ 7,2 milhões e a quebra do sigilo bancário de Lopes e da mulher dele, Ana Beatriz.

Ele foi preso dia 8 e está na Unidade Prisional da PM, em Niterói, conhecida como BEP. Lopes é acusado pelo Ministério Público de integrar esquema de corrupção montado pelo ex-governador Sérgio Cabral para não investigar os aliados do então dono do Palácio Guanabara, como o ex-secretário estadual de Saúde, Sérgio Côrtes.

O advogado de Lopes, José Carlos Tórtima pediu a substituição da prisão na unidade por domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, o que não foi atendido. O procurador-geral em exercício Ricardo Martins foi taxativo: “Infelizmente, o sistema criminoso chegou neste tribunal. Enquanto isso, pessoas morrem em filas”.

A ordem de prisão partiu do desembargador Reinaldo Pinto Alberto Filho. Na decisão, Filho determinou que Lopes ficasse em uma Sala de Estado Maior, uma cela sem grades. Como não há este tipo de cela nas prisões do Rio, ele foi para o BEP. A unidade é fiscalizada por promotores que atuam junto à Auditoria da Justiça Militar.

Conforme o blog adiantou, Lopes usou R$ 200 mil em dinheiro vivo para adquirir casa em Búzios, em 2011. O valor do imóvel era de R$ 500 mil. Os R$ 300 mil restantes foram pagos em cheques. À época, segundo o MP contra Lopes, por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e quebra de sigilo funcional, ele já recebia mesada R$ 150 mil da organização de Cabral. Na negociação da residência, Lopes obrigou a vendedora a aceitar parte do montante em espécie.

Apontado como o responsável pelo vazamento de investigação do MP contra o ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes, em 2010, Cláudio Lopes levou os documentos da investigação para casa. Ele ficou com o inquérito 57 dias, sem atender aos pedidos de devolução do procurador-geral em exercício, Carlos Navega, falecido.

Neste período, Lopes estava afastado do cargo de procurador-geral, concorrendo à nova eleição para voltar ao posto. Além disso, Lopes pressionava promotores da Coordenadoria de Combate à Sonegação Fiscal que trabalhavam no caso a dar informações a respeito.

Fonte: O Dia

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