Quando faltar água em São Paulo; quando a nascente do Rio São Francisco secar; e quando a estiagem em Brasília se estender até outubro, não deixe de lembrar que o desmatamento da Amazônia aumentou 191% em agosto e setembro de 2014, em relação ao mesmo bimestre de 2013.
É o que mostra levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém. Em termos absolutos, a alta foi de 103 km² para 838 km², informa o portal G1.
O levantamento é paralelo ao realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza o sistema Deter. O mecanismo do Inpe analisa a degradação (desmatamento parcial) e o corte raso (desmatamento total) da floresta nos estados que possuem vegetação amazônica (todos os da Região Norte, além de Mato Grosso e parte do Maranhão).
O levantamento mais recente do Deter foi divulgado em setembro, com números referentes aos meses de junho e julho, e já indicava aumento de 195% no desmatamento na comparação entre os dois meses de 2013 e 2014. Os dados da instituição federal são utilizados pelo Ministério do Meio Ambiente para controlar a devastação do bioma.
Segundo o Imazon, foram monitorados 93% da área florestal na Amazônia Legal. Em 2013, o monitoramento cobriu uma área de 79%.