Valéria Paes, médica infectologista, que cuida do ambulatório de HIV do Hospital Universitário de Brasília (HuB), explica que, hoje em dia, há medicamentos altamente efetivos. Segundo ela, há uma combinação de dois a três medicamentos antirretrovirais, que são de uso diário.
Com eles, é possível manter o controle da replicação do vírus e a doença estabilizada. Recuperar a imunidade do paciente é o objetivo do tratamento, conforme a médica. Esses foram os principais progressos nos últimos anos.
“Avançamos muito também nessas novas opções, com menos efeitos colaterais, e com um número menor de comprimidos. A pessoa que inicia o tratamento antirretroviral hoje faz uso de apenas dois comprimidos diários. Os dois comprimidos no mesmo horário”, explica.
Outro avanço seria o medicamento injetável, que não depende de uso diário e, além disso, há uma grande expectativa na descoberta da cura da infecção pelo HIV.
A médica esclarece também que quando essa pessoa que está utilizando medicamentos alcança o controle do vírus, é preciso fazer somente duas consultas anuais para verificar a situação da infecção, e a saúde do indivíduo como um todo. Portanto, é totalmente possível que alguém que contraiu o vírus tenha uma vida normal e produtiva.