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set 16 2015

DILMA PREGA NO VAZIO, TENTANDO DESPERTAR CONFIANÇA

A presidente Dilma Rousseff sabe que o desfecho de um impeachment é quase impossível no Congresso atual e tenta reverter a crise com palavras de confiança, que por enquanto soam no vazio.

Um dia após o anúncio do pacote de medidas, que depende do Congresso para tentar reequilibrar as contas públicas do Brasil, a presidente disse que está otimista com a superação da crise e que fará os ajustes para seguir em frente.

“Essas medidas são necessárias, porque nós queremos tomá-las”, afirmou.

“Acredito que o Brasil tem todas as condições e sou extremamente otimista no que se refere à superação das dificuldades que nós temos enfrentado. Sou otimista porque, nesses últimos anos, nós acumulamos um grande arsenal para reagir. O Brasil está passando por alguns problemas, é verdade. Mas ele é mais forte e maior que esses problemas”, disse a presidente, em discurso, durante a entrega do 28º Prêmio Jovem Cientista, no Palácio do Planalto.

Dilma citou políticas de agricultura e de inclusão de microempreendedores como exemplos de bases para a recuperação da economia brasileira. “Temos conquistas que nós não vamos deixar atrás. Nós vamos fazer os nossos ajustes, e vamos seguir em frente”.

Dilma defendeu a iniciativa do governo de propor a recriação de um tributo nos moldes da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CMPF), mas disse que a aprovação da medida depende do Congresso Nacional. “O governo não aprova a CPMF, quem aprova a CPMF é o Congresso.”

A presidente confirmou que a proposta do governo é que o tributo tenha alíquota de 0,2%, e seja integralmente repassado à Previdência. “Porque nós sabemos que este período tem uma depressão cíclica na Previdência, sempre é assim. A Previdência tem uma queda quando diminui a atividade econômica”, justificou.

No entanto, buscando o apoio de governadores, ela acena com uma CPMF provisória, de percentual maior do que 0,2%, que segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, poderá ter duração de quatro anos.

Segundo Dilma, o anúncio de medidas da reforma administrativa do governo, que prevê o corte de dez dos 39 ministérios, será feito até quarta-feira da semana que vem. Além de reduzir o número de ministérios, Dilma disse que irá juntar órgãos federais e cortar cargos comissionados.

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